domingo, 18 de janeiro de 2009

HORTA DA MANUELA...







Fui apalpar os tomates



que tinha o meu hortelão,



mostrou-me o nabal que tinha,



meteu-me o nabo na mão.



Sou mestra na agricultura,



tenho terra para cavar,



gosto sempre de apalpar



se a enxada é mole ou dura.



Ser amiga da verdura



não são nenhuns disparates;



enchi alguns açafates



de tomateiros de cama,



depois de apalpar a rama



fui apalpar os tomates.



As sementes tomateiras



nascem por dentro e por fora,



semeiam-se a toda a hora



dentro de fundas regueiras.



Tão brilhantes sementeiras



dão gosto e satisfação.



Dentro do meu regueirão



dão-me as ramas pelos joelhos;



que tomates tão vermelhos



que tinha o meu hortelão!



Só de vê-los e apalpá-los



faz andar a gente louca,



faz crescer água na boca



e a língua dar estalos.



Meu hortelão tem regalos



,tem hortaliça fresquinha;



no vale da carapinha



tem um tomateiro macho,



abriu-me a porta de baixo



mostrou-me o nabal que tinha.



Tinha grelos e nabiças,



tinha tomates graúdos,



tinha nabos ramalhudos



com as cabeças roliças.



Tão brilhantes hortaliças



meteram-me tentação;



era franco o hortelão,



deu-me uma couve amarela



para me dar gosto à panela,



meteu-me o nabo na mão.

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