terça-feira, 14 de julho de 2009

« QUE BANHO »


Tenho queda por bons banhos:
Longos, especiais, curtos, banais,
Mas daquele, carinhosamente,
Não esquecerei jamais.
Momento nosso, transparente,
Limpidamente quente.
Corpos nus, almas nuas
Raras verdades, minhas e tuas.
Água morna a escorrer pelo meu corpo,
Vagarosamente.
Tua mão linda com ela deslizando
Quente e descompromissadamente.
Tristezas e angústias a escoar pelo ralo,
Riso molhado, beijo ensaboado,
Tua língua em meus seios excitados
A lamber a culpa de todos os meus pecados.
Quase derreti quando, sempre sedutor,
Teu olhar doce, de surpresa me falou:
“Pára; você tá tão linda assim.”
E, deliciosamente, tua boca veio a mim.
Então, após longa e harmoniosa dança,
Tua mão, silenciosa lança,
Fecha a torneira, enfim.
Nosso líquido momento chega ao fim.
E a vida segue como água de rio
Sem parar, fluida, vital a correr.
E você segue como água em minha vida:
Sempre vital e incessante prazer,
Lavando alma e coração,
E continua a escorrer de minha mão...

2 comentários:

Palma da Mão disse...

Olá migo, é um bom banho, é sempre algo muito especial, pode ser revigorante, desgastante, calmo, agitado, pode ser um corpo e água, água e muitos corpos, fluidos, enfim...um banho, um sem limites à imaginação:)
Beijinhos

Giane disse...

Águas que escorrem, mãos que correm...

Lindo!

Beijos mil!!!